
Nasci no Mato Seco porque o rio deu nome ao lugar.
Era um riacho. Não era, de verdade, um rio. E, de tão salgado, fazia parecer o mar.
O que era pouco, a água, um quase nada, deixou oceânica a minha vontade.
Toda a minha vida, meu verso, minha falta,
é o mar que era esse meu velho riacho.
Márcio Ares. 2009.